sexta-feira, março 31, 2006

A Tigela de Madeira


Bom, meus amigos, quando me lembrei em postar hoje, pensei em deixar um desabafo acerca do espaço de tempo que tenho estado em casa sem emprego. Mas, iria parecer lamechas e sem interesse para quem lê este blog.
Portanto, decidi postar uma história com moral. Às vezes, precisamos de conhecer outras vivências para nos servir de exemplo. Pode ser que assim ajude alguém a ver uma luz que precise vislumbrar ao fundo dum tunel. Aqui vai! A história (talvez verdadeira) chama-se "A Tigela de Madeira".

Um senhor de idade foi morar com o seu filho, a nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho estavam trémulas, a sua visão embaçada e os seus passos vacilantes.

A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trémulas e a visão fraca do avô, atrapalhavam-no na hora de comer. Ervilhas rolavam da sua colher e caíam no chão. Quando pegava no copo, o leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a confusão. "Precisamos tomar providências a respeito ao papá", disse o filho.
"Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de pessoas a comer com a boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha.

Ali, o avô comia sozinho, enquanto que o resto da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.

Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes, ele tinha lágrimas nos seus olhos.

Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas, quando ele deixava um talher ou comida caírem ao chão. O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio.

Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: "O que estás a fazer?"

O menino respondeu docemente:
"Oh, estou a fazer uma tigela para ti e para a mamã comerem, quando eu crescer." O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho.

Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais, que eles ficaram mudos.

Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.


Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai deu as mãos ao avô e gentilmente conduziu-o à mesa da família.

Dali para frente e até o final dos seus dias, ele comeu todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa se sujava.
De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.

Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas: um dia chuvoso, uma bagagem perdida, e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçaram.

Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá sempre a falta deles quando partirem.

Aprendi que, "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver".
Aprendi que, a vida às vezes nos dá uma segunda chance.
Aprendi que, viver não é só receber, é também dar.
Aprendi que, se você procurar a felicidade, vai se iludir.

Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.

Aprendi que, sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.
Aprendi que, quando sinto dores, não preciso ser uma dor para outros.
Aprendi que, diariamente, preciso alcançar e tocar alguém.

As pessoas gostam de um toque humano - segurar na mão, receber um abraço afectuoso, ou simplesmente uma palmadinha amigável nas costas.

Aprendi que ainda tenho muito que aprender.

Jinhos

Su

terça-feira, março 28, 2006

Eu sou assim!




Olá meus amigos!

Finalmente resolvi criar um blog meu para deixar na posteridade os meus pensamentos mais profundos e para saber o que vai na mente dos meus amigos que aqui vão passando.

Espero que este blog seja um diálogo e não um monólogo. Claro que, para isso, conto com os vossos comentários!

Beijinhos desta vossa querida amiga!
Su